Você também envelhece

Vamos partir do princípio que todos vamos envelhecer e precisar de cuidados.

Quando uma mãe ou pai se recusa a cuidar de um bebê ou abandona-o, toda a sociedade se revolta com um ato de atrocidade contra um incapaz. E quando o inverso acontece? Um idoso dependente também tem vulnerabilidade, ou seja, tem limitações variáveis para se alimentar sozinho, ou se vestir sozinho, e até de autodefesa.

Penso que cuidar dos pais idosos seja uma tarefa tão natural aos filhos quanto cuidar de filhos pequenos. Entendo que “amar é uma faculdade, mas cuidar é um dever”. A dor do desprezo a um idoso é tão cruel como a dor do abandono sentida por uma criança. Quanto mais saudável for a relação entre pais e filhos ao longo da vida, quanto mais intimidade, cumplicidade, respeito e afeto houver, mais facilmente essa transição se dará e o relacionamento será mais natural.

Claro que existem situações mais ou menos delicadas ou difíceis, e certamente a tranquilidade dos relacionamentos depende da boa vontade de todos. É importante ter em mente é o dia de hoje, porque o amanhã ainda virá. E quanto mais cada um puder dar de si procurando cultivar a paciência, o bom humor e a atenção às necessidades emocionais de nossos velhos, esse momento da vida não precisará parecer um fardo para quem cuida, nem um constrangimento para quem é cuidado.

O processo de envelhecimento envolve alterações em todo o organismo humano, com declínio em quase todas as funções. A prática regular de exercício físico é uma estratégia atrativa e eficaz para retardar essas perdas, associada também com uma melhor mobilidade, capacidade funcional e qualidade de vida durante o envelhecimento. É importante enfatizar, no entanto, que tão importante quanto estimular a prática regular da atividade física, as mudanças para a adoção de um estilo de vida ativo no dia-a-dia do indivíduo são parte fundamental de um envelhecer com saúde e qualidade.  Porém com toda a informação que temos hoje, há dificuldades em se iniciar um programa de atividades físicas.

As desculpas são variadas como falta de tempo, o desencorajamento da família e dos amigos, não dispor equipamentos e acessórios necessários, a sensação de exclusão no ambiente da prática, e mesmo experiências anteriores que tenham sido frustante.

Por incrível que pareça o idoso queixa-se de falta de tempo!!!

O papel da família neste momento da vida é importantíssimo, pois é através dos filhos,  parentes próximos e mesmo amigos, que o idoso é convencido a começar uma atividade física mesmo em uma idade avançada, pois esse  apoio tem efeito estimulante e emocional. Se todos ao seu redor falarem a mesma língua, ele vai começar, superando a inércia e até teimosia

A atitude de convencer seus pais, tios, avós, enfim uma pessoa que você ama e quer ver seu bem estar, já é um grande passo para ajudá-lo a sempre manter independência e ter menos problemas com sua saúde.

Entendo, por fim, que este é um momento passou para nós, filhos, agir e cuidar dos nossos velhos com uma atitude muito simples: CONVENCER.

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Alterações da força com o envelhecimento

O exercício é um comportamento que provoca importantes ajustes neurais, hormonais, cardiovasculares e respiratórios, para garantir uma oferta energética adequada para a contração muscular. Além disso, sabe se que a realização frequente de exercícios provoca adaptações crônicas morfológicas e funcionais no organismo, tanto no repouso quando durante os exercícios, as quais resultarão em maior eficiência orgânica. (Negrão, Barreto).

No entanto, a força máxima de uma pessoa, geralmente bem acima das demandas diárias no início da vida, diminui de forma constante com o envelhecimento. Por exemplo, a capacidade de mudar de posição sentada para a posição em pé é comprometida em torno dos 50 anos e, por volta dos 80 anos, essa tarefa torna- se impossível para algumas pessoas.

Os adultos mais velhos são tipicamente capazes de participar de atividades que exigem apenas quantidades moderadas de força muscular. Como por exemplo, a abertura de uma tampa de um frasco que apresenta resistência é uma tarefa que pode ser facilmente realizada por 92% dos homens e mulheres na faixa etária de 40 a 60 anos. Porém, após os 60 anos, a taxa de insucesso na realização dessa tarefa aumenta consideravelmente para 68%. Entre os 71 a 80 anos, somente 32% das pessoas conseguem abrir o frasco. A força reduz com o envelhecimento.

Isto ocorre em consequência das diminuições tanto da atividade física quanto da massa muscular, esta última sendo, em grande, parte resultante de uma redução da síntese proteica que ocorre com o envelhecimento e a perda de unidades motoras das fibras de contração rápida. O treinamento de força pode manter ou aumentar a área transversa das fibras musculares de homens e mulheres mais velhos. Investigações mostraram que ocorre uma diminuição tanto do número quanto do tamanho das fibras musculares com o envelhecimento.

As pesquisas indicam que aproximadamente 10% da quantidade total de fibras musculares são perdidas por década após os 50 anos. Isso poderia explicar parcialmente a atrofia muscular que ocorre à medida que envelhecemos. Adicionalmente, parece que o tamanho tanto das fibras de contração rápida quanto das fibras de contração lenta diminui com a idade.

Estudos indica que o treinamento de força reduz a atrofia muscular nos indivíduos mais velhos e pode de fato fazer que eles aumentem a área transversa dos músculos. (Jack h. Wimore e David L. Costill). Estudos demonstram, ainda que o envelhecimento é acompanhado por alterações substanciais da capacidade de processamento de informações e de ativação muscular do sistema nervoso. Especificamente, o envelhecimento afeta a capacidade de detecção de estímulos e de processar informações para produzir uma resposta.

Os movimentos simples e complexos tornam se mais lentos com a idades, essas alterações neuromusculares durante o envelhecimento são, pelo menos em parte, responsáveis pela diminuição da força, mas a participação ativa em exercícios tende a reduzir o impacto do envelhecimento isso não significa que a atividade física regular pode interromper o envelhecimento biológico, mas um estilo de vida ativo pode reduzir acentuadamente muitas perdas da capacidade de trabalho físico.

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Cleide Ana S. da Silva

Profissional de Educação Física

Especialista em Exercícios Físicos Aplicados à Reabilitação Cardíaca e Grupos Especiais.

Cref: 5967/DF

Os benefícios do exercício físico no envelhecimento

A proporção de pessoas com 60 anos de idade ou mais está crescendo mais que qualquer outra faixa etária. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a população de idosos no ano 2000 era de 600 milhões, sendo que 60% deles viviam em países em desenvolvimento. Existirá um total de 1,2 bilhões de idosos em 2025 e, em 2050, aproximadamente 2 bilhões em que 80% nos países em desenvolvimento.

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